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Caso Juliana Marins: “Voluntários Devem Ser Valorizados, Governo Precisa Ser Criticado”, Diz Iwan Slenk

| Senin, Juni 30, 2025 WIB Last Updated 2025-06-30T07:16:39Z
O Conselho Consultivo da Federação de Escalada da Indonésia (FPTI) da Província de NTB. Iwan Slenk.


MATARAM - O Conselho Consultivo da Federação de Escalada da Indonésia (FPTI) da Província de Nusa Tenggara Barat (NTB) expressou forte reconhecimento ao voluntário Agam Rinjani, que atuou ativamente na resposta ao incidente envolvendo a montanhista Juliana Marins, no Monte Rinjani. Segundo o conselheiro M. Ihwan, conhecido como Iwan Slenk, o governo e o Parque Nacional de Rinjani (BTNGR) deveriam conceder uma homenagem oficial a Agam e demais voluntários, que agiram com altruísmo, mesmo fora das responsabilidades institucionais.


“Quem realmente se destacou nessa situação não foi o governo nem o BTNGR, mas os voluntários. Isso precisa ser altamente valorizado. O governo deve premiar Agam Rinjani e aproveitar esse momento para revisar o sistema existente,” disse Iwan Slenk nesta segunda-feira, 30 de junho de 2025, em Mataram.


Iwan criticou a falta de coordenação e preparo para emergências em destinos naturais como o Rinjani. Para ele, a mitigação de desastres deve ser prioridade na gestão de atrações turísticas naturais — não apenas o lucro.


“Não podemos continuar vendendo apenas o prazer da natureza sem garantir segurança. Isso é irresponsável. É hora de repensarmos o sistema de resposta a emergências no Rinjani,” enfatizou.


Ele sugeriu que o Governador de NTB convoque uma reunião com o governo central e a administração do BTNGR para formular um plano de mitigação abrangente e sustentável. Segundo Iwan, é essencial definir claramente quem é responsável quando tragédias ocorrem no Rinjani.


“É preciso ter uma coordenação clara: quem faz o quê, como a infraestrutura é preparada. Não podemos focar apenas na arrecadação,” destacou.


Iwan também mencionou o grande orçamento administrado pelo BTNGR, que deveria ser direcionado a fortalecer os aspectos de segurança.


“Estamos falando de dinheiro real, não de folhas de mangueira. Os recursos devem ser realmente usados para proteção e segurança dos montanhistas,” criticou.


Além das questões técnicas de mitigação, o Conselho da FPTI NTB também ressaltou a importância de preservar a sabedoria local como parte do esforço cultural para manter a harmonia com a natureza do Rinjani. Iwan citou a tradição do “nyembeq” como exemplo educativo para que os montanhistas respeitem a natureza e os costumes locais.


“Tradições como o nyembeq devem ser mantidas vivas. Elas influenciam positivamente os visitantes, ensinando respeito e humildade diante da montanha,” afirmou.


Ele espera que a tragédia que vitimou Juliana Marins e outros sirva como ponto de virada para que todos — governo, comunidades locais, voluntários e a sociedade — reavaliem juntos o modelo de gestão e resposta a emergências no Monte Rinjani.


“Devemos nos envergonhar com o que aconteceu. Se queremos que o Rinjani continue sendo um ícone do turismo, a segurança deve ser a prioridade número um,” concluiu.

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